🧠 Plano de saúde com ou sem coparticipação: qual faz mais sentido para a sua empresa?
- Guilherme Messias
- 23 de abr.
- 3 min de leitura

Uma das dúvidas mais comuns entre empresários, gestores de RH e administradores que buscam oferecer um plano de saúde empresarial para suas equipes - devemos contratar um Plano de saúde com ou sem coparticipação?
E a resposta não é única. Tudo vai depender do perfil dos colaboradores, da estratégia da empresa e do quanto se espera que o benefício seja utilizado no dia a dia.
📌 Antes de tudo: o que é coparticipação?
Na prática, é simples: em um plano com coparticipação, o colaborador contribui com um valor a cada utilização do plano — por exemplo, uma consulta médica, um exame ou um pronto atendimento.
Em troca, a empresa tem uma mensalidade menor. Ou seja, paga-se menos fixamente e mais conforme o uso.
Já no plano sem coparticipação, a empresa paga um valor fixo mensal por colaborador e não há cobrança extra para uso do plano.
⚖️ Qual modelo faz mais sentido para sua empresa?
Essa é a pergunta central — e, muitas vezes, negligenciada no momento da contratação.
Se sua equipe faz pouco uso do plano de saúde (como é comum em times mais jovens, profissionais PJ — quando a inclusão é permitida — ou em empresas com baixa frequência médica), o modelo com coparticipação pode ser vantajoso. Ele reduz o custo fixo mensal e ainda mantém o benefício ativo, com impacto mínimo no orçamento da empresa.
Por outro lado, se os colaboradores utilizam o plano com frequência — seja por acompanhamento contínuo, idade mais avançada, presença de filhos ou condições de saúde que exigem atenção —, a coparticipação pode representar um problema.Entre os principais riscos estão:
Insatisfação com cobranças recorrentes e inesperadas
Dificuldade de prever os custos reais do plano mês a mês
Redução na percepção de valor do benefício por parte dos colaboradores
⚖️ Comparativo: com e sem coparticipação
Critério | Com coparticipação | Sem coparticipação |
Mensalidade | Mais baixa | Mais alta |
Previsibilidade | Menor (varia com o uso do plano) | Maior (valor fixo por mês) |
Uso do benefício | Tendência a uso mais consciente | Uso mais livre e frequente |
Satisfação da equipe | Pode gerar insatisfação se o uso for intenso | Mais previsível e confortável para o time |
Indicado para | Empresas com equipe jovem e de baixo uso, entre outros | Empresas que priorizam acesso sem custo |
Avaliar o perfil da equipe é essencial para evitar surpresas e garantir que o plano atue como um verdadeiro diferencial.
🔍 Não é só sobre o valor mensal
A escolha entre um modelo e outro deve ser feita considerando:
Como o benefício é percebido pelos colaboradores
O quanto o plano será usado na prática
Se há espaço para equilibrar custo fixo e bem-estar da equipe
E, principalmente, qual a política da empresa em relação à gestão de pessoas
Um plano de saúde pode ser visto como custo... ou como investimento estratégico.
💬 Conclusão
Não existe uma resposta única — e nem deve existir. O melhor plano é aquele que equilibra a realidade financeira da empresa com as necessidades reais das pessoas que fazem parte dela.
Mais do que simplesmente optar por um modelo com ou sem coparticipação, é essencial que haja clareza nas regras, orientação durante a escolha e suporte contínuo após a contratação.
Outro ponto relevante: algumas operadoras já estão adotando a coparticipação como padrão em toda a sua linha de produtos, o que torna ainda mais importante entender bem como funciona esse modelo e quais impactos ele pode gerar no dia a dia da empresa.
Se você é empresário, atua em RH ou tem dúvidas sobre esse tema, vale refletir:
🧩 O plano que você oferece hoje está de fato alinhado com a cultura, o perfil e a realidade de uso da sua equipe?
Se essa resposta ainda não estiver clara, talvez seja o momento ideal para uma revisão mais estratégica.